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Enxaqueca: como funciona o cérebro das pessoas

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Tempo de leitura: 6 minutos

Você sabe como funciona o cérebro de quem tem enxaqueca? Sabia que é diferente? Continue lendo e saiba mais no site Ponto de Partida Psi!

Entenda a enxaqueca

A enxaqueca é uma doença que atinge milhões de pessoas, principalmente adultos jovens e mulheres. De acordo com o estudo Global Burden of Disease (GBD) 2019, a enxaqueca tem aumentado nos últimos anos.

Em relação à idade em que essa doença se manifesta está entre os 30 e 34 anos, sendo a fase em que essa comodidade atinge seu pico. É importante ressaltar que durante muitos anos existiu um estigma em torno dessa doença, isso porque no século 18, a sociedade tinham a percepção de que essas pessoas eram preguiçosas e egocêntricas, devido não trabalharem por causa dos sintomas.

Mas a verdade é que essa doença crônica tem sintomas que são muito desconfortáveis. Entre os principais sintomas estão a sensibilidade à luz, som e cheiro, fortes dores de cabeça que podem durar dias e náuseas. 

A boa notícia é que com os avanços das pesquisas científicas da neurologia, hoje sabemos que a enxaqueca é uma doença. E que não, as pessoas que a tem não são frescas ou preguiçosas, elas realmente não estão se sentindo bem para realizarem suas atividades cotidianas.

Sendo assim, continue lendo e saiba mais sobre essa doença, o que causa, como funciona o cérebro dessas pessoas, o que a psicologia tem a nos dizer e muito mais. Boa leitura!

Como funciona o cerebro de quem tem enxaqueca Enxaqueca: como funciona o cérebro das pessoas
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O que causa a enxaqueca?

Agora que você já sabe mais sobre essa doença, entenda o que a causa. Devido às diversas pesquisas científicas que são feitas na área já é possível saber o que causa essa comodidade.

De modo geral, é uma doença neurovascular, ou seja, é causada por alterações na estrutura do cérebro sendo considerada de origem genética. Logo, pode ser herdada ou se desenvolver ao longo da vida.

Ainda sobre o que causa essa doença, acredita-se que ela é influenciada pelo sistema trigeminovascular que está ligada ao gene da calcitonina (CGRP). A seguir será apresentado de forma mais detalhada quais são as alterações cerebrais.

Como funciona o cérebro de quem tem enxaqueca?

Antes de mais nada, saiba que a enxaqueca pode ser classificada em duas categorias, sendo a enxaqueca resistente e as enxaquecas refratárias. Dessa forma, a Universidade da Califórnia fez diversas pesquisas e chegou à conclusão de que existem alterações na anatomia do cérebro, sendo no fluxo sanguíneo e na atividade metabólica do córtex cerebral.

Além disso, foi descoberto porque essas pessoas têm sensibilidade à luz, por exemplo. Essa super sensibilidade ocorre devido à excitabilidade cortical que está ligada ao aumento de atividade cerebral, isto é, o cérebro de quem tem essa comodidade é mais sensível a estímulos do que das demais pessoas.

E não para por aqui! O tronco encefálico também está envolvido. Essa é a região de comunicação entre o cérebro e a medula espinhal, responsável por regular funções involuntárias básicas. Esta área está ligada na fisiopatologia da enxaqueca, visto que alterações nessa região podem levar a sintomas como tonturas, vertigens e náuseas.

Pessoas com enxaqueca apresentam também anormalidades na comunicação entre células gliais e vasculares, que podem ser observadas em imagens de ressonância magnética. Sendo que essa alteração é causada por causa da excitabilidade cerebral.

Por fim, em muitos casos pode acontecer alterações na massa cinzenta e da substância branca do cérebro, isso devido a falta de oxigenação. Essa lesão quando vista por meio de uma ressonância magnética é semelhante a um acidente vascular cerebral.

O que a psicologia diz?

Ao contrário do que se imagina, a enxaqueca não causa prejuízos apenas físicos, mas também possui fatores de risco psicológico. Devido ser uma doença que altera a rotina e impede que a pessoa desenvolva suas atividades cotidianas, desde trabalhar até ter uma vida social, o indivíduo pode desenvolver ansiedade e depressão.

Mas, outro fato interessante que os estudos científicos nos mostram é que essas pessoas têm tendência ao perfeccionismo, neuroticismo, agressividade reprimida e humor melancólico. Como também existem gatilhos, em laboratório foram isolados os gatilhos, sendo que os aditivos, resultaram na enxaqueca quando um limite específico foi violado.

Desse modo, tanto o estresse e a ansiedade generalizada, por exemplo, podem servir de gatilhos como também a pessoa pode desenvolver a ansiedade generalizada por causa da enxaqueca. Portanto, a saúde mental está relacionada com a enxaqueca.

Enxaqueca tem cura?

Infelizmente não existe cura, mas a boa notícia é que essa doença é considerada um distúrbio benigno sem consequências a longo prazo para o cérebro.

Qual o melhor exercício para enxaqueca?

Então se você é do time que tem essa doença, de acordo com o estudo publicado no The Journal of Headache and Pain, as atividades aeróbicas são muito eficazes na redução dos sintomas da enxaqueca. Afinal, essa doença neurovascular.

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Referências

Beatriz Lisboa

Beatriz Lisboa

Estudante do 10° período do curso de psicologia, fascinada por astronomia e pelo comportamento humano divide seu tempo entre artigos da faculdade e escrever para blogs. Tendo três anos de experiência como redatora, já escreveu sobre saúde mental, alimentação e autocuidado, por exemplo. Nas horas vagas gosta de fazer caminhada, ler livros de ficção, como Harry Potter, além de ver séries e filmes, sendo que The Big Bang Theory e Interestelar são seus favoritos.

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