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Você sabia que aumentou o número de transtornos alimentares em crianças nos Estados Unidos. Entenda a seguir no Ponto de Partida Psi!
Após a pandemia o número de transtornos alimentares aumentou
De acordo com um levantamento da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, o número de consultas em pronto-atendimento de pacientes com transtornos alimentares aumentou quase 87% durante e após a pandemia, comparado ao período anterior. Esse aumento foi observado em pacientes com idades entre 12 e 17 anos em 38 hospitais pediátricos nos EUA. Os pacientes apresentavam quadros como desidratação intensa, grande perda de peso e alterações no ritmo cardíaco.
A seguir, vamos discutir os fatores que contribuíram para esse aumento significativo nos transtornos alimentares em crianças, bem como as consequências preocupantes que esse problema pode ter.
Fatores que contribuem para o aumento dos transtornos alimentares em crianças
As mudanças bruscas na rotina, isolamento social, estresse da pandemia e o acesso limitado a tratamentos agravaram distúrbios psicológicos como ansiedade e depressão, além de terem aumentado os transtornos alimentares como compulsão, anorexia e bulimia. Além disso, o isolamento afeta a criança na construção da sua autoimagem corporal, pois essa fase também depende dos estímulos externos.
Isolamento social
Durante a pandemia, muitas crianças foram isoladas de seus amigos, familiares e outros membros da comunidade. Isso pode ter causado sentimentos de solidão, ansiedade e depressão, o que pode levar a um comportamento alimentar desordenado.
Estresse
A pandemia aumentou o estresse nas famílias, incluindo desemprego, dificuldades financeiras, preocupações com a saúde e incerteza em relação ao futuro. O estresse pode ter um impacto negativo na saúde mental das crianças e na forma como elas lidam com a alimentação.
Mudanças na rotina
Com as escolas fechadas e muitas atividades canceladas, muitas crianças tiveram suas rotinas interrompidas. Essa mudança pode ter afetado a capacidade das crianças de comer regularmente e de forma saudável.
Consequências preocupantes dos transtornos alimentares em crianças
Problemas de saúde mental
Os transtornos alimentares podem ter um impacto significativo na saúde mental das crianças, incluindo ansiedade, depressão e isolamento social. Esses problemas podem levar a uma redução na qualidade de vida e na capacidade de lidar com o estresse.
Problemas de saúde física
Os transtornos alimentares também podem ter consequências negativas na saúde física das crianças. A desnutrição, por exemplo, pode levar a problemas de desenvolvimento, baixa energia e enfraquecimento do sistema imunológico.
Dificuldades sociais e acadêmicas
Os transtornos alimentares podem afetar a capacidade das crianças de participar de atividades sociais e acadêmicas, o que pode levar a dificuldades no desempenho escolar e na construção de relacionamentos positivos.
Prevenção
Os distúrbios alimentares afetam aproximadamente 9% da população mundial. De acordo com dados da ANAD (Associação Nacional de Anorexia Nervosa e Distúrbios Associados), a maioria das pessoas que sofrem com essa doença são mulheres, com o pico de início ocorrendo entre 15 e 19 anos. Fatores genéticos, ambientais e familiares são apontados como causas, e em 70% dos casos há a presença de outros distúrbios psiquiátricos, como bipolaridade, ansiedade e depressão.
Logo, o pediatra pode ser o primeiro profissional a perceber e ajudar na prevenção desses transtornos, auxiliando as crianças e sua família a implementar hábitos saudáveis de alimentação e atividade física.
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