Ponto de Partida Psi

Reality Shows: como afeta a nossa vida?

Reality Shows: como afeta a nossa vida? Você já parou para pensar sobre esse tema? Saiba mais sobre esse assunto no site Ponto de Partida Psi!

Tempo de leitura: 4 minutos

Reality Shows: como afeta a nossa vida? Você já parou para pensar sobre esse tema? Saiba mais sobre esse assunto no site Ponto de Partida Psi!

De que forma os reality shows pode afetar nossa vida?

Quando se trata de reality shows, esse é um tema que divide opiniões, pois de um lado temos aqueles que dizem ser uma perda de tempo e os que amam acompanhar.

Criado em 1999, na Holanda por John de Mol Jr. O Big Brother foi inspirado no livro 1984, do escritor britânico George Orwell.

A obra, 1984, narra a história fictícia do líder da Oceania onde controla e observa a população por meio de câmeras, até mesmo a intimidade dessas pessoas, logo nada passa despercebido do olhar do Grande Irmão.

Tendo sido lançado apenas em 2002 aqui no Brasil, o BBB está na sua 24ª edição. Sendo assim, continue lendo e entenda melhor de que forma os reality shows pode impactar a sua vida tanto de forma negativa quanto positiva. Boa leitura!

Por que os reality shows atraem nossa atenção?

Para iniciarmos essa conversa, precisamos entender o porquê esses programas atraem tanto a atenção das pessoas chegado ao ponto delas torcerem por um participante.

Narrativa. Se tem algo que cativa a atenção do ser humano é boas narrativas.

Se você parar para observar, assim como nas novelas e filmes, esses reality shows também possuem um participante que age como um vilão, inocente e coadjuvante (pessoas que quase não se destacam no ambiente).

Logo, diante do uso do storytelling, com pessoas que não se conhecem tendo que lidar com traição, competição, comportamentos que são considerados bons ou maus, cancelamento e afinidade, quem assiste acaba criando uma conexão com quem assiste. E caí entre nós, esse é o objetivo!

Além disso, aqui do lado de fora, tomamos decisões parecidas com os temas acima todos os dias. Amamos um drama, pois nos comove e gera uma identificação com a tomada de decisões difíceis.

Outro ponto que leva as pessoas a terem sua atenção cativada por esses programas de entretenimento é o fato de levar a uma identificação.

Quer se trate de uma competição por amor, dinheiro, fama ou notoriedade, gostamos de assistir e ver pessoas lutando por algo que acreditam e/ou precisam.

Dessa forma, quando você torce pelo seu participante de reality show favorito, você está fazendo isso porque identifica algo atraente dentro dele, e isso pode dizer muito sobre você, se decidirmos explorá-lo.

Autorreflexão

Agora que você já entendeu o que leva as pessoas a não perderem um só episódio de um reality show, entenda os pontos positivos e negativos que divide a opinião entre as pessoas sobre assistir ou não esses programas.

À medida que nos entregamos ao nosso reality show favorito, podemos nos perguntar enquanto assistimos:

  • O que eu gosto neste programa e que emoções ele provoca?
  • O que me atrai nesses participantes e seu papel no programa?
  • Eu faria escolhas diferentes das deles? Se sim, por quê?
  • Quais são meus valores, quais são as coisas que são inegociáveis em minha vida que são respeitados ou abandonados neste reality show?

Embora estes programas sejam prazeres culposos para muitos, é possível usá-los como bons pontos de partida para conversas com amigos, claro, se eles também acompanham o programa, e como reflexão, à medida que consideramos os nossos valores e como viver de forma a demonstrar eles. Agora confira outro ponto!

Privação de sono

Por outro lado, temos as pessoas que não apreciam o programa, que pararam de acompanhar para manter a famosa e importante higiene do sono, isso porque o programa passa tarde da noite, depois das 22h.

O ciclo circadiano, isto é, nosso ciclo biológico interno, tem o objetivo de regular o ritmo do sono e da vigília, tendo o poder de influenciar os hormônios como o cortisol e a melatonina. Logo, se dormimos mal, temos uma privação de sono, aumentamos as chances de ficarmos estressados, e até mesmo contribuir para problemas relacionados à saúde mental, como ansiedade e depressão.

O tempo de tela, isso inclui qualquer tempo que você passa na frente do seu celular, TV, laptop ou tablet antes de dormir, pode interferir na qualidade do seu sono.

Uma pesquisa de 2022 descobriu que aproximadamente a cada cinco minutos que você passa em seu smartphone na cama antes de dormir, seu sono pode ser atrasado em quatro minutos, e cada 10 minutos de uso do smartphone na cama pode fazer com que seu tempo total acordado aumente em nove minutos.

Também existem pesquisas sendo feitas para saber o impacto de ficar na frente da TV antes de dormir.

Em 2015 foi realizado um estudo que descobriu que a cada hora adicional sentado enquanto assiste TV estava associada a maiores chances de latência de início do sono de 30 minutos ou mais, acordar muito cedo pela manhã, má qualidade do sono e alto risco de apneia do sono.

Resumindo, parece que o tempo de tela pode afetar seu sono e pode se tornar um círculo vicioso. Se o tempo de tela antes de dormir atrapalhar seu sono, você ficará privado de sono. E essa privação de sono pode prejudicar seu autocontrole e força de vontade e aumentar suas chances de procrastinação, tornando ainda mais difícil resistir a ficar acordado até tarde diante das telas na noite seguinte.

Mas embora existam estudos que mostram os impactos negativos que as telas têm no sono, ainda não existe um consenso. Há algumas evidências de que o tempo de tela antes de dormir pode realmente ajudá-lo a dormir melhor devido assistir algo que relaxe. Entretanto, é importante ficar atendo em como você tem se sentido ao acordar no dia seguinte após essa privação de sono.

Conclusão

O objetivo desse texto não é dizer o que é certo ou errado, mas trazer uma reflexão, que assim como várias âmbitos de nossa vida, existem os prós e contras ao tomar uma decisão e consequências, sejam elas positivas ou negativas.

Agora me diz aqui nos comentário, de qual time você é, dos que não perdem um programa ou dos que não gostam de reality show?

Se você gostou do nosso conteúdo, nos siga no Instagram e fique por dentro das novidades.

Referências

  1. Šmotek, M., Fárková, E., Manková, D., & Kopřivová, J. (2020). Evening and night exposure to screens of media devices and its association with subjectively perceived sleep: Should “light hygiene” be given more attention?. Sleep health, 6(4), 498–505. https://doi.org/10.1016/j.sleh.2019.11.007
  2. Wagner, U., Gais, S., Haider, H., Verleger, R., & Born, J. (2004). Sleep Inspires Insight. Nature, 427(6972), 352-355.
Picture of Beatriz Lisboa

Beatriz Lisboa

Estudante do 10° período do curso de psicologia, fascinada por astronomia e pelo comportamento humano divide seu tempo entre artigos da faculdade e escrever para blogs. Tendo três anos de experiência como redatora, já escreveu sobre saúde mental, alimentação e autocuidado, por exemplo. Nas horas vagas gosta de fazer caminhada, ler livros de ficção, como Harry Potter, além de ver séries e filmes, sendo que The Big Bang Theory e Interestelar são seus favoritos.

Deixe seu comentário!

Artigos Relacionados

Não perca a oportunidade de ampliar seus horizontes e conhecimentos com os artigos do nosso blog. Acompanhe as tendências e as últimas novidades em diversos assuntos.

INSCREVA-SE EM NOSSO BLOG

Inscreva-se agora e receba conteúdos exclusivos em primeira mão!

Inscrição no blog