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Vitaminas: você sabe quais podem afetar o seu sono? Veja a seguir tudo sobre o assunto no site Ponto de Partida Psi!
Descubra quais e quantas vitaminas podem afetar o sono
Uma noite de sono reparador é essencial para o bem-estar físico e mental. No entanto, diversos fatores, incluindo a dieta, podem influenciar a qualidade do sono.
As vitaminas desempenham um papel fundamental na regulação de vários processos no corpo, incluindo os relacionados ao sono. Desde a capacidade de relaxar até a regulação dos ritmos circadianos, esses nutrientes desempenham papéis multifacetados.
Neste artigo, exploraremos as vitaminas que podem afetar o sono e as consequências de deficiências ou excessos dessas vitaminas. Boa leitura!
Vitaminas Relacionadas ao Sono
Confira a seguir quais são essas vitaminas.
Vitamina D
A vitamina D, conhecida como a “vitamina do sol”, desempenha um papel importante na regulação do sono.
A exposição à luz solar ajuda a regular o ritmo circadiano, que é essencial para a regulação dos padrões de sono e vigília. A deficiência de vitamina D tem sido associada a distúrbios do sono, como insônia e sonolência excessiva durante o dia.
A produção de vitamina D está intrinsecamente ligada à exposição solar. A forma mais eficaz de vitamina D é a vitamina D3, também conhecida como colecalciferol.
Quando a pele humana é exposta à luz ultravioleta B (UVB) do sol, um processo bioquímico complexo é desencadeado, resultando na síntese de vitamina D3.
O processo começa com a conversão do 7-dehidrocolesterol, uma molécula presente na pele, em pré-vitamina D3 após a exposição à luz UVB. A previtamina D3 é então convertida em vitamina D3 ativa pela temperatura corporal.
Após essa conversão, a vitamina D3 é transportada para o fígado e os rins, onde é convertida em sua forma final ativa, conhecida como calcitriol.
O calcitriol desempenha um papel vital na regulação do metabolismo do cálcio e do fósforo, não apenas na saúde óssea geral.
Vitamina B6
A vitamina B6 desempenha um papel crucial na produção de melatonina, um hormônio que regula o sono. A melatonina ajuda a induzir a sonolência e a manter o ritmo circadiano.
A deficiência de vitamina B6 pode levar a distúrbios do sono, como dificuldade em adormecer e acordar durante a noite.
Vitamina B12
Vale destacar que o nutriente B12, é exclusivamente encontrado em fontes de origem animal. Essencial para a síntese adequada de glóbulos vermelhos, a vitamina B12 também exerce um impacto positivo na qualidade do sono.
Sua importância vai além, influenciando a regulação do relógio biológico e melhorando os ritmos hormonais circadianos.
Garantir níveis adequados de vitamina B12 não apenas auxilia na saúde sanguínea, mas também contribui para um sono mais saudável e para a manutenção dos ciclos naturais do corpo.
Vitamina E
A vitamina E se destaca por sua capacidade antioxidante, uma vez que tem a habilidade de neutralizar a formação de radicais livres e prevenir sua acumulação nos tecidos. Isso contribui para a proteção contra o envelhecimento prematuro e os danos celulares.
Além disso, essa vitamina desempenha um papel significativo na manutenção do funcionamento saudável do sistema imunológico.
Manter os níveis adequados de vitamina E também parece estar associado à melhoria da qualidade do sono e à redução de distúrbios do sono, conforme indicado por pesquisas publicadas no Journal of the American Geriatrics Society.
Curiosamente, a deficiência de vitamina E pode aumentar o risco de apneia do sono, uma condição que está ligada a um maior índice de doenças neurodegenerativas.
Vitamina C
A vitamina C, um antioxidante poderoso, também pode influenciar o sono. A pesquisa sugere que a vitamina C pode ajudar a regular os níveis de cortisol, um hormônio do estresse que pode interferir no sono.
Como também, a vitamina C está envolvida na produção de neurotransmissores, como a serotonina, que desempenham um papel na regulação do sono e do humor.
Consequências das Deficiências e Excessos
Deficiência de Vitamina D e Distúrbios do Sono
A deficiência de vitamina D tem sido associada a diversos distúrbios do sono. A falta de exposição à luz solar e a baixa ingestão de alimentos ricos em vitamina D podem contribuir para a insônia, bem como para a sonolência excessiva durante o dia.
A regulação inadequada do ritmo circadiano devido à deficiência de vitamina D pode resultar em dificuldades em adormecer e acordar.
Vitamina B6 e Perturbações do Ritmo de Sono
A falta de vitamina B6 pode afetar negativamente a produção de melatonina, prejudicando a regulação do ritmo de sono.
Isso pode levar a dificuldades em adormecer e acordar várias vezes durante a noite. A deficiência de vitamina B6 pode contribuir para distúrbios como a síndrome das pernas inquietas, que pode interferir no sono reparador.
Excesso de Vitamina C e Insônia
Enquanto a vitamina C é importante para a saúde geral, um excesso pode ter efeitos adversos no sono.
O consumo excessivo de vitamina C, por meio de suplementos, pode levar a distúrbios gastrointestinais, que podem resultar em desconforto abdominal e insônia.
É importante equilibrar a ingestão de vitamina C para evitar efeitos negativos no sono.
Conclusão
As vitaminas desempenham um papel crucial em vários processos fisiológicos, incluindo a regulação do sono. A vitamina D, vitamina B6 e vitamina C estão entre as vitaminas que podem afetar o sono de várias maneiras, sendo que a vitamina C pode afetar de forma negativa quando há excesso.
A manutenção de uma dieta equilibrada, rica em nutrientes essenciais, é fundamental para promover um sono saudável.
No entanto, é importante lembrar que a moderação é a chave, uma vez que o excesso de algumas vitaminas também pode ter efeitos adversos.
Consultar um profissional de saúde ou nutricionista é sempre recomendado antes de fazer grandes alterações na dieta ou suplementação.
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Referências
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- Ding, X., Kryscio, R. J., Turner, J., Jicha, G. A., Cooper, G., Caban-Holt, A., Schmitt, F. A., & Abner, E. L. (2016). Self-Reported Sleep Apnea and Dementia Risk: Findings from the Prevention of Alzheimer’s Disease with Vitamin E and Selenium Trial. Journal of the American Geriatrics Society, 64(12), 2472–2478. https://doi.org/10.1111/jgs.14393
