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Autodiagnósticos: quais os perigos?

Autodiagnóstico: você sabe quais são os perigos? Veja a seguir tudo sobre esse assunto no site Ponto de Partida Psi!

Tempo de leitura: 4 minutos

Autodiagnósticos: você sabe quais são os perigos dos? Veja a seguir tudo sobre esse assunto no site Ponto de Partida Psi!

Os perigos dos autodiagnósticos: entendendo os riscos

No mundo moderno, onde a informação está ao alcance de um clique, é tentador buscar respostas para nossas preocupações em relação à nossa saúde por meio de pesquisas online.

O fenômeno dos autodiagnósticos, onde as pessoas tentam identificar suas condições médicas com base em informações encontradas na internet, está se tornando cada vez mais comum.

No entanto, essa prática traz consigo uma série de perigos e desafios que podem comprometer a saúde física e mental das pessoas. Este artigo explora os riscos associados aos autodiagnósticos, examinando as armadilhas psicológicas, as limitações das informações online e a importância da busca por ajuda profissional. Boa leitura!

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Imagem de frimufilms en Freepik

Armadilhas psicológicas dos auto diagnósticos

A atração dos autodiagnósticos reside na rápida sensação de alívio que eles podem proporcionar. No entanto, há várias armadilhas psicológicas que podem distorcer a percepção das pessoas sobre sua saúde.

Um desses perigos é a tendência à “busca de confirmação”, onde as informações pesquisadas são selecionadas para se encaixar nas preocupações da pessoa, levando a uma visão distorcida da situação real. Além disso, a “ansiedade de saúde” é frequentemente exacerbada quando as pessoas encontram informações alarmantes que podem não ser aplicáveis ao seu caso específico.

Estudos, como o de White et al. (2016), destacam que autodiagnósticos frequentemente levam a níveis mais altos de ansiedade e preocupação desnecessária. Ou seja, se você tem esse costume de se autodiagnosticar, cuidado!

Autodiagnóstico no âmbito da saúde mental: desafios e implicações

O autodiagnóstico no âmbito da saúde mental apresenta desafios particulares que merecem atenção especial. As condições de saúde mental muitas vezes são complexas e multifacetadas, com sintomas sobrepostos entre diferentes transtornos.

Ao recorrer a informações online para entender seus sentimentos e comportamentos, as pessoas podem se deparar com uma série de diagnósticos possíveis que se encaixam em sua experiência. No entanto, essa busca por autocompreensão pode resultar em uma visão distorcida e em ansiedades exacerbadas.

Transtornos mentais, como depressão e ansiedade, compartilham sintomas comuns, e um único sintoma isolado pode não indicar necessariamente uma condição específica. A autorreflexão é valiosa, mas os autodiagnósticos podem levar à automedicação inadequada e ao atraso na busca por tratamento com um profissional.

A complexidade das condições de saúde mental exige uma avaliação precisa por profissionais treinados, que podem identificar nuances sutis e fornecer intervenções apropriadas. O autocuidado inclui o reconhecimento de que a saúde mental merece atenção qualificada e não deve ser reduzida a conclusões simplistas baseadas em pesquisas online.

Limitações das informações online

A internet oferece uma vasta quantidade de informações sobre saúde, mas nem sempre é confiável ou precisa, principalmente quando se trata de sintomas que são apresentados em redes sociais em forma de vídeos rápidos. Muitos sites de saúde carecem de revisão científica e podem apresentar informações desatualizadas ou incorretas.

A interpretação incorreta das informações médicas também é um risco real. Termos técnicos podem ser mal compreendidos, levando a conclusões errôneas. Além disso, condições médicas muitas vezes compartilham sintomas semelhantes, o que pode levar a auto diagnósticos equivocados.

Um estudo realizado por Tang et al. (2018) ressaltou a imprecisão dos autodiagnósticos em comparação com diagnósticos médicos profissionais.

A importância da busca por ajuda profissional

A busca por ajuda profissional é um passo fundamental para lidar com preocupações a respeito da nossa saúde. Os médicos e profissionais de saúde são treinados para avaliar sintomas, realizar exames adequados e fornecer diagnósticos precisos.

A automedicação ou o tratamento com base em autodiagnósticos podem levar a complicações de saúde graves. A negligência de condições médicas subjacentes é um risco real quando as pessoas confiam em autodiagnósticos.

A abordagem correta envolve compartilhar suas preocupações com um profissional de saúde, que pode fornecer orientações específicas com base em avaliações clínicas. Pesquisas, como o estudo de Levinson et al. (2019), enfatizam que o acesso a um diagnóstico preciso é fundamental para o tratamento eficaz.

Conclusão

Embora seja compreensível que as pessoas queiram ter uma compreensão rápida de suas preocupações de saúde, os autodiagnósticos apresentam riscos significativos.

As armadilhas psicológicas, a imprecisão da informação online e a possibilidade de ignorar problemas de saúde que não se manifestam podem impactar negativamente a saúde física e mental.

Em vez de confiar exclusivamente em autodiagnósticos, é essencial buscar ajuda profissional para avaliações precisas e tratamento adequado. A saúde é um ativo valioso e merece ser tratada com a seriedade que merece, por meio da orientação de profissionais de saúde qualificados.

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Referências

  • Levinson, W., Kallewaard, M., Bhatia, R. S., Wolfson, D., Shortt, S., Kerr, E. A., … & Verghese, A. (2019). ‘Choosing Wisely’: A growing international campaign. BMJ Quality & Safety, 28(3), 208-211.
  • Tang, H., Ng, J. H., Googoolye, M., & Goh, C. L. (2018). Direct-to-consumer teledermatology services that dispense medication: patient demographics and medication adherence. International Journal of Dermatology, 57(6), 700-705.
  • White, R. W., Horvitz, E., & Borges, M. (2016). Diagnosis and danger: Differential effects of diagnostic labels on perceived danger and helping behaviors. In Proceedings of the 2016 CHI Conference on Human Factors in Computing Systems (pp. 4267-4278).

Beatriz Lisboa

Beatriz Lisboa

Estudante do 10° período do curso de psicologia, fascinada por astronomia e pelo comportamento humano divide seu tempo entre artigos da faculdade e escrever para blogs. Tendo três anos de experiência como redatora, já escreveu sobre saúde mental, alimentação e autocuidado, por exemplo. Nas horas vagas gosta de fazer caminhada, ler livros de ficção, como Harry Potter, além de ver séries e filmes, sendo que The Big Bang Theory e Interestelar são seus favoritos.

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